"Numa chegada tão doce da Primavera e com dias amargos à mistura. A vida como ela é. Igual para todos. Com dias de sol e outros de tanta trovoada. Com pessoas e planos que nos arrancam sorrisos e outros, pessoas e planos, que nos trazem (trouxeram) uma sensação de abismo, de vazio. Como se aquilo que construímos (e somos) já não nos pertencesse, não fosse nosso.
Este balanço faz-me
guardar os dias de sol, de paz e de todo o amor que me rodeia. Faz-me deixar
para trás todos os outros, confusos e cinzentos. Obrigo-me a deixá-los onde
pertencem. E a inspirar mais o ar, certa da sorte que tenho, do tanto e tão
valioso que a vida me dá e absolutamente crente na fé que me faz olhar sempre
em frente e saber exactamente aquilo que tem de ser feito: começar de
novo.
E mesmo nos dias em
que me apetece o contrário, sorrio. Porque a (re)descoberta da capacidade
infinita que temos de nos reinventarmos faz brilhar de novo, e sempre, o sol
que trago cá dentro."
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